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Exame – 27/02/2018
Por Lucas de Aragão
Apesar do espaço disponível para o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) consolidar junto ao centro sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, o PSDB precisará administrar episódios com potencial para desgastar a imagem do partido, atingida negativamente com o envolvimento, em meados do ano passado, do senador Aécio Neves (MG), até então o principal nome nacional dos tucanos, com a Operação Lava-Jato.
Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou a 48ª fase da operação, que apura a suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro em rodovias do Paraná. As suspeitas de superfaturamento de obras atingem nomes ligados à Secretaria da Casa Civil do governo de Beto Richa (PSDB-PR). Também na semana passada o Ministério Público Federal passou a apurar em São Paulo se existe uma conexão entre os R$ 116 milhões mantidos na Suíça que teriam como beneficiário o suposto operador do PSDB Paulo Vieira de Souza, conhecido como “Paulo Preto”, e os R$ 10 milhões que teriam sido desviados de reassentamentos realizados pelo governo paulista, a partir de 2009, no eixo de obras conhecido como Rodoanel. No período coberto pela investigação, entre 2007 e 2010, o estado de São Paulo era governado por Geraldo Alckmin e José Serra (PSDB-SP).
A investigação conduzida pelo MPF preocupa o PSDB, pois tem potencial para atingir também o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que era o diretor da Dersa (empresa Desenvolvimento Rodoviário) nos governos Alckmin e Serra. Além dos problemas relacionados ao suposto envolvimento do PSDB com a Lava-Jato, Geraldo Alckmin está com dificuldades para montar palanques nos maiores colégios eleitorais do país.
Em São Paulo, o PSDB, que realizará uma prévia em 18 de março para definir seu candidato a governador, está dividido entre quatro pré-candidatos: o prefeito da capital paulista, João Doria; o cientista político Luiz Felipe D’Ávila; o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro; e o senador José Aníbal. Não bastasse isso, o vice-governador Márcio França (PSB), que assumirá o Palácio dos Bandeirantes em abril em função da renúncia de Alckmin para concorrer à Presidência da República, será candidato a governador. Ou seja, Alckmin dificilmente conseguirá unir sua base aliada em torno de apenas uma candidatura ao governo paulista.
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, o quadro é ainda mais negativo para o PSDB. Em função do desgaste do senador Aécio Neves, os tucanos têm dificuldade de encontrar um candidato competitivo para ocupar o Palácio da Liberdade. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), em que pese a pressão do partido, resiste em disputar o cargo de governador. No Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral, a situação é ainda mais dramática, pois nem sequer candidato o PSDB possui.
Em meio a essa série de problemas, Geraldo Alckmin ainda precisa provar que é um candidato eleitoralmente competente para atrair siglas importantes de centro, como DEM, PP, PSD, PR, PRB, PTB.
Mesmo com as imensas dificuldades, a tendência é que Alckmin consiga criar uma estrutura interesse para concorrer ao Planalto, com ótimo tempo de televisão, acesso privilegiado aos fundos partidário e democrático, e ótima capilaridade de prefeitos. Com esses três pontos equacionados, transforma-se em nome fortíssimo para, no mínimo, chegar no segundo turno.